Ciência e tecnologia do Brasil |
A segunda base de lançamentos de foguetes do Brasil foi denominada de Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), foi criada em 1989 no estado do Maranhão. Destina-se a realizar missões de lançamentos de satélites e sedia os testes do Veículo Lançador de Satélites - (VLS). A base está situada na latitude 2°18' Sul, tem uma área de 620 km² e o primeiro lançamento de um foguete foi em 1989. O CLA foi criado como substituto do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), localizado no estado do Rio Grande do Norte, pois o crescimento urbano nos arredores do CLBI não permitia ampliações da base. Devido à sua proximidade com a linha do equador, o consumo de combustível para o lançamento de satélites é menor em comparação a outras bases de lançamento existentes. A Ciência e a tecnologia do Brasil conseguiram nas últimas décadas uma posição significativa no cenário internacional. História A ciência brasileira começou eficazmente somente nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real portuguesa, dirigida por D. João VI, chegou ao Rio de Janeiro, escapando-se da invasão do exército de Napoleão em 1807. Até então, o Brasil não era muito mais do que uma colônia pobre, sem universidades, mídias impressas, bibliotecas, museus, etc., em um contraste absoluto às colônias da Espanha, que tiveram universidades desde o século XVI. Esta era uma política deliberada do poder colonial português, porque temiam que aparecessem classes de brasileiros educados impulsionados pelo nacionalismo e outras aspirações para a independência política, porque tinha acontecido nos EUA e em diversas colônias espanholas da América latina. Algumas fracas tentativas de estabelecer a ciência no Brasil foram feitas à volta do ano de 1783, com a expedição do naturalista português Alexandre Rodrigues, que foi enviado pelo ministro principal de Portugal, Marquês de Pombal, para explorar e identificar a fauna, a flora e a geologia brasileira. Em 1772, a primeira sociedade instruída, Sociedade Científica, foi fundada no Rio de Janeiro, mas durou somente até 1794. Também em 1797 foi fundado o primeiro instituto botânico, em Salvador, Bahia. D. João IV incentivou todos os acontecimentos da civilização européia ao Brasil. Num período curto (entre 1808 e 1810), o governo fundou a Academia Naval Real e a Academia Militar Real (ambas as escolas das forças armadas), a biblioteca nacional, os jardins botânicos reais, a Escola de Cirurgia da Bahia e a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Primeiro Império Após ser independente de Portugal, declaração feita pelo filho do rei, D. Pedro I (que passou a ser o primeiro Imperador do novo país), as suas políticas no que respeito à aprendizagem, no âmbito da ciência e da tecnologia conheceram uma paralisação relativa. Nas primeiras duas décadas do século, a ciência no Brasil foi realizada na maior parte por expedições científicas provisórias por naturalistas europeus, tais como Charles Darwin, Maximilian zu Wied-Neuwied, Carl von Martius, Johann Baptist von Spix, Alexander Humboldt, Augustin Saint-Hilaire, Baron Grigori Ivanovitch Langsdorff, Friedrich Sellow, Fritz Müller, Hermann von Ihering, Émil Goeldi e outros. Boa parte dos estudos era baseada em descrições da fantástica biodiversidade brasileira, da flora e fauna, e também geologia, geografia e antropologia. As expedições brasileiras eram raras, a mais significativa é a de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1819. Na área educacional, as primeiras escolas de lei foram fundadas em 1827 no Recife e em São Paulo, mas nas décadas seguintes a maioria dos advogados brasileiros estudou ainda em universidades européias, tal como a famosa Universidade de Coimbra. Segundo Império As coisas começaram mudar após 1841, quando o filho mais velho de D. Pedro I, Imperador D. Pedro II veio ao trono quando tinha 15 anos. Nos 50 anos seguintes o Brasil apreciou uma monarquia constitucional estável. D. Pedro II era um monarca instruído que incentivava as artes, a literatura, a ciência e a tecnologia e tinha contactos internacionais extensivos nestas áreas. O suporte principal da ciência brasileira e do assento dos seus primeiros laboratórios de pesquisa era o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, que existe até hoje. D. Pedro desenvolveu um interesse pessoal forte e selecionou e convidou muitas personalidades científicas européias respeitáveis, tais como von Ihering e Goeldi, para trabalhar no Brasil. Os ministros e senadores brasileiros assistiam freqüentemente a conferências científicas no museu, onde foi fundado o primeiro laboratório de fisiologia, em 1880 sob João Baptista de Lacerda e Louis Couty. Hoje em dia o Brasil tem uma organização bem desenvolvida ao nível da ciência e da tecnologia. A pesquisa básica é feita majoritariamente por universidades, centros e institutos públicos de pesquisa e por algumas instituições particulares, como Organizações Não Governamentais. Os projetos de investigação são financiados em 90 por cento por fontes governamentais. Muitos desses estudos são aplicados em países mais desenvolvidos: Estados Unidos da América, Coréia do Sul, Alemanha e Japão. Durante os anos 80, o Brasil perseguiu uma política do protecionismo na computação. As companhias e as administrações foram obrigadas a usar o software e a ferragem brasileiras. Isto contribuiu para o crescimento das companhias brasileiras mas, apesar desse desenvolvimento, os consumidores brasileiros de computação eram prejudicados por causa da pouca oferta comparada aos concorrentes estrangeiros. O governo pouco a pouco foi autorizando importações até as barreiras serem removidas. As indústrias brasileiras de informática conseguiram algumas façanhas notáveis, particularmente na área de software. Em 2002, o Brasil encenou a primeira eleição 100 por cento eletrônica do mundo com 90 por cento dos resultados obtidos num total de duas horas. O sistema é talhado, particularmente, para um país com taxas relativamente elevadas de analfabetismo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2005) lançou recentemente o "computador pessoal" para promover a inclusão digital. Rejeitando o sistema operacional da Microsoft (Windows XP Starter Edition), o sistema em uso está configurado para Linux e oferece funções básicas tais como processar texto e navegar pela Internet. Cronologia
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Maravilha
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